domingo, 16 de maio de 2010

A metáfora de Dunga

Eu sempre defendi que os melhores jogadores de futebol em campo são aqueles que ainda vislumbram um universo para conquistar. Os famosos, embora experientes, passaram da fase do “vale tudo”, da fase futebol-com-o-coração. Ronaldinho Gaúcho e Adriano ficaram de fora da lista para o Mundial em junho. Então se você me perguntar: “Mas e o Robinho”? Certo, Robinho também parece já ter alcançado o topo da fama, reconhecimento internacional, mas não dá para comparar a vontade de jogar, de vestir a camisa da Seleção, de Robinho com o Gaúcho, por exemplo. Neymar? Dunga foi prudente. Montar uma equipe para disputar um campeonato internacional não é tarefa que se faz em poucos meses e nem se decide de um dia para o outro. É um trabalho longo, de testes e mais testes. Como têm dito os vários técnicos Brasil afora, “em 2014 ele joga, será a vez dele”.

A decisão de Dunga é muito coerente. É uma lição não só no futebol, mas para a vida. Sem estrelismo e amadorismo, sem falsas-modéstias. O que está em jogo é um trabalho de equipe, resultado de um esforço construído dia após dia, metodologicamente. “Eu tenho que ganhar hoje. A cobrança em cima de mim é hoje, não para 2014”, resumiu dunga durante a coletiva que anunciou o nome dos 23 integrantes que defenderão a Seleção Brasileira de Futebol.

Sorte Dunga, sorte Brasil!

Josevaldo Campos

Um comentário:

  1. Eu gostei da convocação de Dunga, embora quisesse que ele tivesse escalado Ronaldinho Gaucho, e Adriano, porque são jogadores de garra.
    Porém se os tivessem convocado, certamente a responsabilidade dele seria menor, já que estaria acatando a vontade de uma grande parcela da torcida brasileira.

    Também desejo boa sorte ao Dunga e a Seleçao Brasileira.

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