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Dilma Serra |
Ao tentar se mostrarem superiores frente aos nordestinos, os paulistas, com suas encenações criminosas, reforçam o estereótipo de povo arrogante que ostentam.
Munidos de conceitos racistas e preconceitos infundados, eles vêm utilizando as redes sociais para difundir mensagens contra o povo nordestino, numa visível falta de respeito e confiança na impunidade, respaldando-se na hipótese de que a presidente eleita, Dilma Rousseff, só conseguira tal pleito devido à votação unânime nos estados da região Nordeste do país.
Estas formas de manifestação tratam-se, verdadeiramente, de atitudes racistas e inconsequentes, como a da paulista Mayara Petruso, de 21 anos, que, embora não seja a única, serve como exemplo. Ela, que é estudante de direito, embora isso não seja motivo para nenhuma ressalva honrosa diante de outro curso, publicou no seu twitter a repugnante frase: “Nordestino não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado”. Mayara pode (e deve) ser condenada, junto com outros internautas que postaram frases de mesmo cunho, por crime de racismo e incitação ao crime.
São, visivelmente, pessoas desqualificadas para fazer qualquer tipo de análise política, vide pela negligência da vitória da candidata petista em estados ditos “escolarizados” como Rio de Janeiro e Minas Gerais, e da pequena diferença de votos em relação a Serra no Espírito Santo, de apenas 1%, mesmo percentual no Rio Grande do Sul. Embora pareça desnecessário, mas pela gentileza nordestina que carrego no sangue baiano, vou reavivar a memória dos paulistas desavisados: Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo localizam-se na região Sudeste do país. Precisa dizer qual é o quarto e último estado dessa região? Rio Grande do Sul, como o próprio nome já sugere...Região Sul, para não restar dúvidas!
Será que realmente foram os nordestinos os únicos responsáveis pela vitória histórica da primeira mulher presidente do Brasil? Não, e não queremos esse mérito todo para nós. Estamos orgulhosos, sim, mas temos a humildade de reconhecer que os 26 estados e o Distrito Federal foram responsáveis por esse momento únice na história da política brasileira.
Josevaldo Campos