terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Escolas de samba do Rio choram a 30 dias do carnaval

Vi, com tristeza, às 06h30 de ontem (07), o fogo destruindo os galpões da Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. Estive no local poucas semanas atrás, e, na oportunidade, visitei também a quadra da Portela, em Madureira, bairro do subúrbio da cidade, como narrei aqui em Retratos Avessos. Foi uma emoção muito grande sentir a energia daquele lugar, todo ornamentado com as cores azul e branco, e a empolgação e carisma dos anfitriões daquela escola. Ontem, a emoção que senti foi triste. O azul e branco cederam lugar para um cinza poluído.

Eu me preparava para deixar o apartamento de um hotel onde eu estava, numa cidade do interior da Bahia, quando vi as imagens iniciais da tragédia pela televisão. Chorei, com todo o sentimento de quem apreciaria e torceria, pela primeira vez, para uma escola de samba do Rio de Janeiro. Era como se eu tivesse feito parte de toda a história daquelas escolas, que tivesse dedicado cada minuto do dia e da noite nos últimos meses para a construção de sonho colorido e festivo. De fato, só restava lamentar.

A decisão de não rebaixar nenhuma escola esse ano e de não julgar os grupos prejudicados (Portela, União da Ilha e Grande Rio) é justa e favorecerá, ainda mais, o espírito carnavalesco. E, embora seja uma informação importante para se evitar problemas futuros de mesma natureza, identificar a origem do incêndio tentando apontar a escola responsável, nesse momento, não importa.

Josevaldo Campos
Foto: G1

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