domingo, 29 de maio de 2016

Espetáculo “EGOTRIP - Ser ou não ser? Eis a comédia” diverte público em viagem cheia de aventuras


Um espetáculo surpreendente para rir do início ao fim. Assim pode ser egocentricamente resumida a peça “EGOTRIP – Ser ou não ser? Eis a comédia”, em cartaz na Casa da Cultura de Euclides da Cunha.

Com um cenário no mínimo curioso ao fundo (só assistindo para conferir e entender), a narrativa conta as peripécias de quatro amigos da capital, individualistas, sobretudo nas suas individualidades, que decidem viajar, fazer uma trip para uma cidadezinha do interior com o objetivo de encontrar e recuperar um suposto “anel de nobreza” que pertence à família de um deles.

Com um texto divertidíssimo, assinado por João Sanches, a trama reúne diversas situações cômicas e embaraçosas envolvendo os personagens durante a viagem. Além disso, o espetáculo trata de alguns temas, digamos assim, mais atuais, a exemplo do preconceito social, homossexualidade, drogas e autorrrealização, sem perder, contudo, o fio da comédia. 



Não há como não destacar o personagem gay “Lucinho Discreto”, responsável por levar o público ao riso ininterrupto e arrancar aplausos vigorosos. Durante toda a apresentação, os atores representam diversos personagens, chegando até mesmo a um único personagem ser representado por todos os quatro atores. O resultado é intrigante. 


Algumas situações narradas seriam trágicas se não fossem cômicas. Acidentes e roubo de carro, ameaça de morte, atropelamentos, término de relacionamento... Aliás, eis outro ponto muito bom do espetáculo. Algumas especificidades do interior também não passaram despercebidas.

Impossível descrever aqui o quanto vale à pena assistir a peça. Eis a questão! Por isso, este domingo, 29 de maio, às 20h, é sua última oportunidade de conferir.


O espetáculo tem trilha ao vivo de Leonardo Bittencourt e conta com um elenco estelar da nova geração do teatro baiano - Igor Epifânio, Alexandre Moreira, Jarbas Oliver e Rafael Medrado, que já integraram grandes sucessos de bilheteria como “Entre Nós - Uma comédia sobre diversidade” (Prêmio Braskem de Melhor Espetáculo, Melhor Texto e Melhor Ator, em 2013); “A Bofetada”, “Os Cafajestes”, “Siricotico” e “Camila Backer”.


Eis uma questão que precisa ficar clara: essa é uma avaliação pessoal, egocêntrica do espetáculo.

Josevaldo Campos - Jornalista



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